Pensar na sucessão do patrimônio é um dos atos mais importantes de cuidado e responsabilidade que podemos ter com nossa família. O objetivo é sempre o mesmo: garantir que o legado construído com tanto esforço seja transferido de forma tranquila, segura e sem desgastes. No entanto, os caminhos para alcançar esse objetivo podem ser muito diferentes. Os dois principais são o inventário e o planejamento via Holding Familiar. Mas qual a real diferença entre eles?
O Caminho Tradicional: O Inventário
O inventário é o procedimento jurídico obrigatório que ocorre após o falecimento de uma pessoa para apurar todos os seus bens, dívidas e direitos, a fim de distribuí-los aos herdeiros. Embora seja um processo necessário quando não há planejamento, ele frequentemente se revela um caminho repleto de obstáculos.
O primeiro grande desafio é o custo elevado. O processo de inventário envolve o pagamento do Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD), que pode chegar a 8% do valor total do patrimônio, além de custas judiciais e honorários advocatícios. Muitas vezes, a família é forçada a vender um dos bens para conseguir arcar com as despesas do processo, o que nunca é o ideal.
Além disso, há a demora e a burocracia. Um inventário pode se arrastar por anos, especialmente se houver discordância entre os herdeiros, deixando os bens “congelados” e impossibilitados de serem vendidos ou administrados livremente. Essa espera, somada à dor do luto, cria um ambiente fértil para conflitos familiares, que podem desgastar permanentemente as relações.
A Rota Estratégica: A Holding Familiar
Diferente do inventário, a Holding Familiar é uma ferramenta de planejamento sucessório feita em vida. Trata-se da criação de uma empresa que passa a ser a proprietária dos bens da família. Os membros da família, por sua vez, tornam-se sócios dessa empresa, e o patriarca ou matriarca define, ainda em vida, as regras de sucessão e gestão por meio da doação de cotas sociais com cláusulas protetivas.
A principal vantagem é a eliminação do inventário. Com o falecimento do doador das cotas, a sucessão já está resolvida, sem a necessidade de um processo judicial ou custos com ITCMD sobre a totalidade dos bens. Isso gera uma economia tributária e de despesas que pode ultrapassar 90% em comparação com o inventário.
A transição é ágil, os bens não ficam bloqueados e, como as regras do jogo já foram definidas, o potencial de conflitos entre herdeiros é drasticamente reduzido. Adicionalmente, a estrutura da Holding oferece uma camada de proteção patrimonial, protegendo os bens da família contra eventuais dívidas ou problemas de um dos herdeiros.
Planejar é o Melhor Caminho
A decisão entre depender de um futuro inventário ou estruturar uma Holding Familiar é, na essência, a escolha entre reagir a um problema ou agir para evitá-lo. Embora cada caso exija uma análise particular, o planejamento sucessório em vida demonstra ser a alternativa mais inteligente, segura e econômica.
Se você deseja garantir a tranquilidade da sua família e a perpetuidade do seu patrimônio, o momento de agir é agora. Um planejamento bem-estruturado é a maior prova de cuidado que você pode deixar.
Sou Danielle Monteiro, e meu trabalho é ajudar você a construir essa estrutura de proteção. Entre em contato para agendarmos uma consulta e entendermos juntos qual a solução mais eficiente para a sua realidade.